Nesta quinta-feira, 17, a Polícia Federal deflagrou a Operação Expurgo, uma ação estratégica voltada para a desarticulação de um grupo criminoso especializado em fraudar licitações, sobretudo na área da saúde.

A operação resultou na execução de 24 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de suspensão de servidores públicos. Além disso, diversas outras medidas judiciais estão em andamento em Teixeira de Freitas, Prado, Medeiros Neto, Santa Cruz de Cabrália, Mucuri, Itapebi e Belmonte.

A investigação, que durou cerca de um ano, trouxe à tona a atuação de dois grupos empresariais que operavam utilizando empresas fictícias com o propósito de manipular processos de licitação, comprometendo a integridade e a concorrência justa desses certames.

Os envolvidos movimentaram a expressiva quantia de R$ 92 milhões em suas contas bancárias, o que demandará uma análise minuciosa após a operação.

Um rigoroso trabalho de análise prévia conduzido pela Polícia Federal permitiu identificar as pessoas interpostas utilizadas para subornar servidores públicos e ocultar patrimônio ilicitamente adquirido. Como desdobramento dessa análise, os servidores públicos que se beneficiaram das práticas ilegais também foram identificados.

Os suspeitos responderão por diversos crimes, como corrupção ativa e passiva, previstas nos artigos 317 e 333 do Código Penal, bem como fraudes em licitações, conforme os artigos 89 e 90 da Lei 8.666/93. Se condenados por todos esses crimes, as penas poderão ser somadas, alcançando mais de 20 anos de reclusão.